Parceria entre Prefeitura e Polícia Civil garante atendimento especializado para vítimas de violência doméstica

Mato Grosso do Sul tem a maior taxa de feminicídio do Brasil, em 2022 foram 43 mulheres assassinadas, o que representa uma taxa de 3,5 a cada 100 mil mulheres. Os dados são do Monitor da Violência 

O prefeito, Gustavo Sprotte, assinou ontem (16) Termo de Cooperação com a Polícia Civil para a disponibilização de profissional de Assistência Social do município para o apoio imediato às vítimas de violência doméstica e sexual atendidas na Sala Lilás da Delegacia da Polícia Civil de Bandeirantes.

A medida visa fortalecer o combate a violência contra crianças, adolescentes e mulheres, evitando a revitimização com o apoio especializado para os casos mais graves ou de prisões em flagrante.

Segundo o prefeito a parceria garante o atendimento humanizado às vítimas. “Mato Grosso do Sul tem altos índices de violência doméstica e é responsabilidade do poder público criar uma rede de apoio que previna e atue para diminuir este tipo de crime. Esta cooperação com o Governo do Estado, através da Polícia Civil, vai incrementar o atendimento em Bandeirantes em um esforço conjunto para diminuir o número de casos e garantir dignidade e proteção”.

A Sala Lilás é um projeto do executivo estadual, inaugurado em 2017, que oferece um espaço exclusivo para o atendimento diferenciado e qualificado às mulheres, crianças e adolescentes que tenham tido seus direitos violados. O programa facilita o acesso à justiça e incentiva as denúncias. Em Bandeirantes a sala foi inaugurada em 2021unciona desde 2021.

A delegada Jennifer Estevam falou sobre os termos da cooperação com a prefeitura. “O município, por meio da Secretaria de Assistência Social compõe a rede de apoio às vítimas, minimizando os danos causados pela violência doméstica à mulher. Com o início da investigação criminal pela Polícia Civil, a rede de apoio é acionada para realizar os encaminhamentos necessários de acordo com cada caso, como por exemplo, assistência psicossocial, cesta básica, abrigo, inserção no mercado de trabalho e mudança de escola para as crianças”, explicou a delegada.

As mulheres vítimas de violência podem acionar a Central de Atendimento à Mulher pelo telefone 180, o serviço também oferece informações sobre os direitos da mulher, legislação vigente e sobre a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade. As denúncias também podem ser feitas pelo telefone 190 da Polícia Militar.

Ricardo Maia / Asscom