A Secretaria de Saúde de Bandeirantes promove amanhã (14), das 8 às 11h, na sede da secretaria, mutirão de vacinação contra o vírus da Influenza. A imunização é aberta a todos os grupos prioritários como os idosos (+60 anos), trabalhadores em saúde, gestantes, puérperas, crianças (+6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias), pessoas com deficiência, imunocomprometidas, com comorbidades e professores. Os interessados devem levar o cartão do SUS e a carteirinha de vacinação.
A iniciativa leva em conta o aumento do número de infectados e os baixos índices de vacinação registrado nos últimos anos, o que tem causado casos mais graves e a lotação de hospitais. Campo Grande já enfrenta problemas como falta de leitos hospitalares para crianças e adultos devido a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
Em Bandeirantes, de acordo com o último boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Estado de Saúde, foram notificados 7 casos, somente na semana passada.
Confira abaixo alguma dúvidas comuns sobre a vacina respondidas pelo diretor do Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti.
- Qual a importância da vacinação?
A gripe não é um resfriado comum. Ela pode evoluir para formas mais graves, que podem matar. Por isso, é uma doença que requer cuidado. A lista de grupos prioritários inclui justamente aquelas pessoas mais vulneráveis. Diferentemente de uma pessoa mais jovem, por exemplo, o idoso corre maior risco de complicações. Além de ficar mais abatida, a pessoa idosa pode desenvolver pneumonia, com consequências graves.
- Como é o esquema vacinal das crianças?
Todas as crianças que receberam pelo menos uma dose da vacina influenza em anos anteriores, devem receber apenas uma dose em 2023. Para a população indígena e pessoas com comorbidades, a vacina está indicada para as crianças de 6 meses a menores de 9 anos de idade. Deve ser considerado o esquema de duas doses para as crianças de 6 meses a menores de 9 anos, que serão vacinadas pela primeira vez, devendo-se agendar a segunda dose para 30 dias após a primeira dose.
- Por que a vacina deve ser tomada todos os anos?
Isso acontece porque é preciso elevar o número de anticorpos no organismo. Os vírus sofrem mutações constantes. Além disso, há vários tipos de influenza que circulam no mundo. Por isso, existe uma vigilância global, exercida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para saber que tipo de vírus está circulando. Essa vigilância dita, justamente, qual é a composição da vacina. Então, ano após ano, a vacina muda.
- A vacina causa efeitos colaterais?
A vacina é segura e composta de vírus não ativado. Como qualquer imunizante, ela estimula o sistema imunológico a produzir defesa. Então é comum a pessoa ter uma sensação de dor no corpo ou uma eventual febre baixa. Isso nada mais é do que o próprio organismo reagindo contra os antígenos que foram injetados com a vacina. Esse é o primeiro passo para a pessoa ter garantida a sua proteção. Esses eventos são raros, mas quando acontecerem, não devem preocupar. É simplesmente o corpo reagindo e criando defesas.
- Quanto tempo dura a proteção da vacina?
A detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas depois da vacinação e apresenta, geralmente, duração de 6 a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas. A proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano, motivo pelo qual ela é feita anualmente.
- A vacina da gripe pode ser aplicada junto à vacina da Covid-19 ou outras?
A aplicação da vacina da gripe pode, sim, ser feita em conjunto com outras vacinas. Tanto é que o Ministério da Saúde orienta que os municípios aproveitem a oportunidade da visita das pessoas à unidade de saúde para atualizar também a imunização contra a Covid-19 e, se for possível, atualizar outras vacinas pendentes no calendário de cada um.
- Qual a orientação para vacinação de gestantes e puérperas?
As gestantes apresentam maior risco de doenças graves e complicações causadas pela influenza, podendo ser vacinadas em qualquer idade gestacional. Todas as mulheres no período até 45 dias após o parto estão incluídas no grupo-alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros) durante o período de vacinação.
Ricardo Maia / Asscom