Vacina no Braço é só Correr para o Abraço: campanha estimula a vacinação no Estado

Campanha do Governo do Estado em parceria com os municípios quer mobilizar a sociedade para completar o esquema vacinal e se imunizar contra a Covid-19. Dados do último dia 28 de janeiro, copilados pelo Consórcio de Órgãos de Imprensa, indicam que apenas 22,66% da população vacinável no estado tinham recebido três doses. Em Bandeirantes a Secretária de Saúde vai fazer um mutirão de vacinação nos dias 15, 16 e 17 nas ESFs Ciro Abdo e Gedeão Nogueira. 

Há tempos a vacinação conta com uma ampla adesão no Brasil. Diversas doenças foram controladas ou erradicadas com o uso de imunizantes. Um bom exemplo disso é a poliomielite, doença que entre o anos de 1969 e 1989, teve 26 mil casos notificados e, após campanha, lançada em 1980, promovendo a vacinação para todas as crianças com até 5 anos, foi erradicada no país. O último caso registrado foi no ano de 1989, confirmando a importância da vacinação. Outros exemplos podem ser citados como a varíola e o sarampo.

Apesar disso, nos últimos anos diversos fatores vem contribuindo para diminuir a cobertura vacinal no país, segundo especialistas um desses fatores é o relaxamento da sociedade em relação as doenças. O sucesso do Programa Nacional de Imunização (PNI), criado em 1973, em erradicar diversas enfermidades, faz com que as pessoas pensem que o problema está superado e que estão a salvo. Ledo engano, a diminuição da vacinação já está levantando alertas sobre o perigo da reincidência de surtos como os que aconteciam no século passado.

Outra questão importante é o crescimento no mundo do movimento antivacinas, que levanta dúvidas e questionamentos sobre os imunizantes e espalha notícias falsas sobre as consequências da vacinação.

O pediatra e infectologista Renato Kfouri, um dos diretores da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), esclarece que não existe nenhum motivo plausível para que as pessoas tenham medo de se vacinar, seja contra a covid, seja contra qualquer outra doença:

— No caso da covid-19, a tecnologia da vacina vinha sendo desenvolvida havia mais de uma década, desde o surgimento de outros coronavírus, e foi acelerada em função da pandemia, contando com um volume de investimentos financeiros sem precedentes. Nunca se pulou nenhuma etapa das pesquisas nem se abriu mão da segurança e da eficácia, que são requisitos essenciais para o licenciamento. Mais de 80% da população mundial já tomou pelo menos a primeira dose. Nunca se vacinou tanta gente no planeta quanto agora. O atual sucesso na redução da pandemia confirma a segurança e a eficácia da vacina.

 

Os dados de vacinação vem caindo ano a ano e isto está longe de ser uma boa notícia, por isso, nesse carnaval não se esqueça, antes de cair na folia, passe na unidade de saúde mais próxima, receba sua vacina e, depois, é só correr para o abraço.

Ricardo Maia / Asscom

Com informações da Agência Senado